AUSÊNCIA DE DOMINÂNCIA

 

Casos especiais da 1ª lei de Mendel

primeira lei de Mendel diz que cada característica de um indivíduo é condicionada por um par de fatores (genes) que se separam na formação dos gametas, nos quais ocorrem em dose única.

Mirabilis_jalapa flor maravilhaGeralmente, aplicamos esta lei aos casos de dominância completa, em que um dos alelos que domina sobre outro em heterozigose impedirá que ele se expresse. Este tipo de herança é um mecanismo genético muito comum nos seres vivos. Porém, há outros casos em que esta lei de Mendel se aplica: a codominância e a dominância completa (ou ausência de dominância).

Como você sabe, no caso do mecanismo de dominância completa, um dos alelos envolvidos na formação de determinada característica domina sobre o outro quando em heterozigose, impedindo que ele se expresse.  Neste caso, os filhos de um cruzamento sempre terão o fenótipo de um dos pais. Porém, nem todas características genéticas seguem esta regra.

Dominância incompleta ou ausência de dominância: Em alguns casos, os filhos de um cruzamento entre homozigotos com fenótipos diferentes, apresentam um fenótipo intermediário em relação aos genitores.  Este é o caso da dominância incompleta ou ausência de dominância.

O exemplo clássico para este mecanismo de herança é o da flor maravilha (Mirabilis jalapa). Há basicamente três variações de cores nas pétalas dessas flores: vermelha, condicionada pelo par de genes CVCV; branca, condicionada pelos genes CBCB; rosa, condicionada pelos genes CVCB.  O fenótipo rosa (heterozigoto) apresenta uma coloração intermediária em relação às colorações dos homozigotos. Isto acontece porque o alelo CV para a cor vermelha não consegue produzir pigmento vermelho suficiente para dar a coloração vermelha à planta. Como o alelo CB para a cor branca não produz pigmento algum, a flor terá pétalas rosas.

Compreendeu o mecanismo da Dominância?

Assim, como explicado no parágrafo anterior, se cruzarmos plantas vermelhas com brancas, teremos uma geração F1 100% heterozigota com fenótipo rosa. Caso façamos o cruzamento da geração F1, os indivíduos da geração F2 seguirão na proporção 1 vermelha : 2 rosas : 1 branca. Veja o esquema a seguir que resume os cruzamentos:

Biologia - Flores Genética

Codominância: Outro mecanismo de herança genética que pode aparecer no seu vestibular é a codominância. Neste caso, os indivíduos filhos de um casal homozigoto com fenótipos diferentes entre si apresentarão ambas as características expressadas pelos pais. Na codominância, cada alelo envolvido na produção de determinada característica irá controlar a síntese de determinada proteína. Isso quer dizer que quando ambos aparecerem juntos em uma heterozigose, ambos irão se expressar produzindo suas características.

Sabendo disso, note a diferença entre a ausência de dominância e a codominância: no primeiro caso, um dos alelos não produz proteína (como o no caso da cor branca da flor maravilha, em que o alelo não produz pigmento), já na codominância, os dois alelos envolvidos produzirão proteínas, sendo assim, o indivíduo expressará os dois genes.

 Um exemplo clássico de codominância é a produção de diferentes cores de pelagem de alguns animais, como em bovinos. Na raça de bovinos Shorthorn, indivíduos avermelhados são gerados por homozigose do alelo V, indivíduos brancos por homozigose do alelo B e indivíduos malhados (com manchas brancas e avermelhadas) são condicionados por heterozigose (VB). Veja a figura a seguir o exemplo de cruzamento entre gados da raça Shorthorn:

Biologia - Gados

Outro exemplo muito importante de codominância é a tipagem sanguínea do sistema ABO em seres humanos. Como você sabe, existem quatro tipos sanguíneos considerando-se o sistema ABO: sangue A, sangue B, sangue AB e sangue O. Os diferentes tipos sanguíneos se devem à presença, ou não, de proteínas chamadas de antígenos na superfície das hemácias. Os indivíduos que possuírem o alelo IA produzirão antígenos A em suas hemácias. Indivíduos que tenham o alelo IB produzirão antígenos B. Já o gene recessivo i condiciona a não produção de antígenos.

Os genes IB e IA são codominantes, isso quer dizer que quando um indivíduo for portador dos dois alelos, ele expressará ambos os genes, produzindo antígenos A e B, sendo do tipo sanguíneo AB. Além disso, estes mesmos genes são dominantes sobre o gene i. Logo, indivíduos heterozigotos IAi, terão sangue A, assim como os heterozigotos IBi terão sangue B. E, para que se tenha sangue O, será necessário que o gene apareça em dose dupla, em uma homozigose recessiva. Está um pouco confuso? Então veja o quadro abaixo que resume esta interação gênica:

Biologia


RESUMO MAPA MENTAL:



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VIDEOS SOBRE O TEMA:
Ausência de dominância - Genética - Resumo Professor Gustavo

🧬 Genética (3/8): Ausência de dominância e dominância incompleta - Biologia - ENEM



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